Descobertos 11 novos genes ligados à doença de Alzheimer

No maior estudo de sempre, focado na análise genética da doença de Alzheimer, já concluído, os cientistas descobriram 11 novos genes que podem estar ligados ao início tardio da demência.

Os investigadores realizaram tomografias axiais computorizadas aos cérebros de 74.076 voluntários idosos com e sem a doença de Alzheimer, em 15 países. O estudo foi publicado na revista Nature Genetics a 27 de outubro de 2013. Antes deste estudo, apenas 11 variantes genéticas tinham sido associadas ao início tardio de Alzheimer, com esta investigação o pool genético duplica.

Estes genes desempenham um papel importante no funcionamento celular, incluindo na forma como as células microgliais (células que formam a estrutura de suporte do sistema nervoso central)  reagem e se deslocam para áreas de inflamação. Foi demonstrado o papel, de outras variantes destes gene, na alteração da função dos neurónios da região sináptica no hipocampo, que é a área do cérebro responsável pela memória e aprendizagem.

"A arquitetura genética pode ser a chave para encontrar ainda mais genes envolvidos na doença de Alzheimer. Os doentes mais precoces apresentam uma acumulação destes marcadores genéticos superior ao das pessoas que desenvolvem a doença mais tarde na vida. Será esta diferença que trará pistas sobre a que marcadores genéticos devemos estar atentos." diz Julie Williams (PhD) responsável pelo projeto.

Contudo adverte que apesar de reconhecermos o papel destes 22 genes na susceptibilidade de desenvolver a doença de Alzheimer, ainda há muito da herança genética que está por descobrir.