
Sexta-Feira Santa: O dia do silêncio
A celebração de Sexta-Feira Santa é a mais original de todas as da Liturgia romana: Não há eucaristia. O silêncio, o jejum, a oração, as devoções tradicionais, sobretudo as que ajudam a meditar e orar o mistério da cruz, elemento central deste dia ...
É preciso viver bem esta celebração, e estar preparado para ver para lá do óbvio. Destacar bem as partes desta celebração: não há saudação, mas aniquilamento por terra, perante o que celebramos; caímos por terra porque não nos cabe na cabeça o mistério da morte de Jesus.
A adoração à cruz. A comunhão. O corte da celebração sem terminar nada, porque a morte não é o fim; um pouco de espera e amanhecerá a luz.
No dia de hoje, os cristãos afirmam que não há modo melhor de viver do que entregar a vida até à morte. Não é que recordemos "a morte de Jesus"; é mais que isso "proclamamos que nos unimos com a nossa vida a este estilo de vida que leva a dar a vida pelos que amamos, e a entregá-la perdoando a quem no-la arrebata".
Olhar a Cruz é a salvação, porque na cruz Jesus nos salva, e de Jesus sai uma força que impele a seguir os seus passos.
A sexta-feira santa oficial dá-nos motivos para celebrar as sextas-feiras santas não oficiais, mas reais, em que damos a vida. Até talvez sejamos protagonistas: nuns dias crucificamos e noutros somos crucificados. Tão complicada é a nossa vida! Não é seguro que estejamos sempre na mesma margem. Vamos mudando. segundo as conveniências ou segundo as nossas forças.
Marcações: Valores, Evangelho, Jesus , Páscoa, Semana Santa, Sexta-Feira Santa