
Quinta-Feira Santa: A melhor lição de Jesus
Com a missa da Ceia do Senhor começa o Tríduo Pascal da morte, sepultura e ressurreição do Senhor. São João dá-nos a chave de tudo o que vivemos: "Amou-nos até ao extremo".
Desta fonte que é o amor brotam os gestos: a reunião para a Ceia, o lava-pés, o pão entregue , o mandamento novo, o sacramento. O tom é de despedida, quente, últimas recomendações. Não há tempo para floreados; só para deixar claro o essencial, o que é novo, o que distingue os amigos do Senhor, agora e para sempre: "Por isto reconhecerão que sois meus amigos: se vos amardes uns aos outros".
O lava-pés, que só é descrito por São João, é eloquente: lavar os pés era uma coisa normal entre os judeus dessa época. Costumava fazê-lo um criado. A novidade está em que é o Senhor que faz o serviço próprio dos criados. Dei-vos o exemplo para que continueis a corrente e façais o que eu fix. É a revolução do Evangelho. Estabelece-se um novo tipo de relação: a entrega, o serviço, a rutura de barreiras e de classes. Esta é a novidade: que os primeiros se tornam os últimos, que o Senhor se torna o escravo, o que lava os pés. Este é o novo estilo de viver dos que creem em Jesus.
Viver o Evangelho hoje não é inventar nada, é por em prática os sinais do serviço. Nascerá um povo novo, de coração sincero, no qual a lei será o amor, o serviço, a entrega. E para isso é preciso reunir-se, recordar os gestos do mestre, a Sua entrega até ao fim, partir o pão abençoado. A vida ganha-se e prolonga-se na entrega, não reservando-a para proveito pessoal.
Marcações: Jesus , Semana Santa, Meditação, Quinta-Feira Santa