
Moçambique: Como posso ajudar?
A passagem do ciclone Idai pelo centro de Moçambique, e as cheias que se seguiram, deixaram um rasto de destruição que provocou mais de 200 mortos. De organizações a clubes de futebol, há muitas formas de poder ajudar. Fica a conhecer algumas.
Doar bens e géneros:
- A Embaixada de Moçambique em Lisboa está a pedir produtos alimentares enlatados. Estes devem ser enviados para a sede nacional da Cruz Vermelha Portuguesa, no Jardim 9 de Abril, 1249-083, em Lisboa. Podes também entregar na delegação da Cruz Vermelha da tua zona.
- O Sporting vai promover uma recolha de alimentos em solidariedade com as vítimas em Moçambique da passagem do ciclone Idai, no dérbi com o Benfica para a Taça de Portugal de futebol, no próximo dia 3 de abril.
- A Câmara Municipal de Lisboa definiu como pontos de recolha de donativos em géneros mais prioritários (medicamentos, essencialmente, para infeções gastrointestinais e analgésicos, produtos alimentares enlatados com período de validade prolongado, produtos para o tratamento de água e produtos de higiene pessoal e limpeza de instalações) os quartéis do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) da cidade: D. Carlos I, Martim Moniz, Graça, Defensores de Chaves, Santo Amaro, Monsanto, Alvalade, Benfica, Marvila, Encarnação e Alta Lisboa.
- A Câmara Municipal de Coimbra disponibilizou-se para recolher, a partir desta sexta-feira, na Casa Municipal da Proteção Civil, com lugar na Av. Mendes Silva, bens alimentares e de primeira necessidade para ajudar.
- O Benfica vai promover, a partir de quinta-feira e até ao final de março, a recolha de alimentos enlatados, para serem enviados para Moçambique.Podes entregar os donativos em qualquer Casa do Benfica, mantendo-se o período de recolhas até 31 de março. No estádio da Luz, os contributos serão recebidos a partir do dia 27, também até ao fim do mês. O clube vai disponibilizar espaço de transporte gratuito nos contentores fretados pela Fundação Benfica às "organizações associativas ou outras que pretendam realizar recolhas".
Procura também nas associações das zonas onde vives o que podes fazer para ajudar. Podes falar com os teus amigos e juntos conseguem prestar algum tipo de apoio a alguma iniciativa que esteja a decorrer.
Ajudar com donativos em dinheiro
- Em "apelo de emergência" inserido na página oficial, a Cruz Vermelha Portuguesa enviou cinco mil euros e "a disponibilidade para apoiar as respostas humanitárias", assim como já pediu "à comunidade para contribuir através de donativos para o seu Fundo de Emergência". Os donativos para o Fundo de Emergência podem ser transferidos para a conta bancária: PT50 0010 0000 3631 9110 0017 4 ou por pagamento de serviços no Multibanco para a entidade 20999, com a referência 999 999 999.
- A Cáritas Portuguesa já emitiu um comunicado a informar que vai enviar 25 mil euros para ajudar Moçambique. Na sua página na Internet, a organização indica que em situações de emergência internacional a ajuda poderá ser feita através do fundo de emergências internacional que recebe donativos através da conta: IBAN: PT50 0033 0000 01090040150 12.
- A UNICEF indica que, além do donativo que pode efetuar através do seu website, pode fazê-lo também através da aplicação MBWay – 919 919 939, de Transferência ou depósito bancário através da conta: IBAN PT50 0033 0000 5013 1901 2290 5, por pagamento de serviços no Multibanco para a entidade 20 467, com a referência 777 777 777 ou através de um donativo por correio (Cheque dirigido ao Comité Português para a UNICEF, na Rua António Augusto Aguiar, 21 -3E, 1069–115 Lisboa).
- A organização não-governamental Oikos já está no terreno, na zona da Beira, uma das mais afetadas pelo ciclone Idai, em Moçambique. A ONG portuguesa indica que está a "preparar as condições logísticas para apoio às populações afetadas", trabalhando em coordenação com o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, com as Nações Unidas e parceiros humanitários. A Oikos vai em breve começar "a distribuir kits de bens de primeira necessidade, materiais para a construção/reparação de abrigos e materiais para água e saneamento para as populações do distrito da Beira e do Dondo, de acordo com as necessidades e prioridades identificadas".A ONG disponibiliza uma conta para receber donativos: PT50 0036 0265 9910 0013225 29.
O que já está a ser feito?
- Portugal vai enviar uma força de reação rápida constituída por 35 militares portugueses, uma equipa cinotécnica e médicos, a bordo de um avião C-130, para apoiar as operações em Moçambique.
- A Câmara do Porto vai disponibilizar "apoio de equipas pós-catástrofe" e 100 mil euros para a “reconstrução do hospital” da Beira.
- Também a Câmara de Lisboa, em comunicado enviado às redações, indicou que "face à dramática situação que Moçambique tem estado viver nos últimos dias", vai "conceder um apoio de 150 mil euros", informando igualmente "a disponibilidade imediata de envio de equipas multidisciplinares de técnicos para apoio a necessidades básicas no terreno".
- Os bancos Millenium bcp e Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a seguradora Fidelidade anunciaram que vão entregar à Cruz Vermelha Portuguesa e à UNICEF 150 mil euros para apoiar a população afetada pelo ciclone Idai em Moçambique.
- A Companhia de Teatro de Braga (CTB) vai doar a Moçambique a receita da bilheteira dos espetáculos agendados para 26 e 27 março no Theatro Circo. O diretor da CTB, Rui Madeira adiantou que, se as sessões tiverem lotação esgotada, poderão ser angariados 7.000 euros. Além do bilhete, que custará cinco euros, o público pode ainda contribuir com outras quantias.
- A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai avançar com um apoio de 500 mil euros para ajudar o povo moçambicano, estando neste momento a trabalhar com a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e com a Embaixada de Portugal em Maputo a melhor forma de efetivar essa ajuda financeira.
- As Nações Unidas vão disponibilizar 20 milhões de dólares (17,6 milhões de euros) para apoiar as vítimas do ciclone.
- O Banco Mundial vai financiar Moçambique com 90 milhões de dólares, no âmbito do programa de gestão de acidentes e riscos (DRM).
- A União Europeia também já anunciou um apoio de emergência de 3,5 milhões de euros para ajudar a população africana afetada pela passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué. Ao "pacote inicial" junta-se uma verba de 150 mil euros, que será utilizada para "fornecer apoio logístico" para os afetados, através de abrigos de emergência, higiene, saneamento e cuidados de saúde.
- A União Africana (UA) mobilizou 350 mil dólares (310 mil euros) para os três países, devendo Moçambique - o mais afetado pelo ciclone Idai - receber 150 mil dólares (110 mil euros).
- A Health4MOZ, organização não-governamental de desenvolvimento sediada no Porto, vai fazer deslocar para a cidade da Beira, em Moçambique, uma equipa médica que permanecerá no terreno durante um mês.
- O município de Sintra vai prestar apoio financeiro de 120 mil euros e logístico, na sequência do acordo de geminação entre as duas autarquias.
- A Arquidiocese de Braga anunciou hoje que vai enviar 25 mil euros para a Arquidiocese da Beira para contribuir para os esforços de salvamento da população e reconstrução das infraestruturas afetadas. A Arquidiocese de Braga acrescenta que vai também estabelecer uma “ponte de distribuição imediata (...), por forma a colmatar as necessidades da forma mais célere possível”.
- As Nações Unidas apelou a uma ajuda inicial de 40,8 milhões de dólares para as ações de emergência junto das 400 mil pessoas afetadas pelo ciclone tropical alertando sobretudo para a situação na cidade da Beira.
- A Alemanha anunciou uma ajuda no valor de um milhão de euros a Moçambique e Estados Unidos vão enviar 200 mil dólares para ajudar as populações moçambicanas afetadas pelo ciclone Idai.
- Cabo Verde vai ajudar Moçambique com uma verba de 200 mil dólares - metade da verba através do Orçamento do Estado cabo-verdiano e a outra metade proveniente de empresas - e o país colocou à disposição das autoridades moçambicanas responsáveis pelas operações de resgate uma equipa de saúde composta por quatro médicos e seis enfermeiros.
Podemos ser muitos a habitar neste planeta, mas toda a ajuda é pouca para ajudar quem mais sofre. 'Bora lá ajudar?
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