
Dia de Darwin: Celebrar a Ciência e as suas descobertas
Hoje celebra-se o dia de Darwin como uma forma de celebrar a Ciência e as suas descobertas. A 12 de fevereiro de 1809, nascia o naturalista britânico que chocaria o mundo com a teoria que, dois séculos mais tarde, se tornaria a mais aceite entre os cientistas para explicar alguns fenómenos ligados à evolução dos seres vivos.
Charles Robert Darwin é o autor da chamada Teoria da Evolução. O britânico pertencia à família Darwin-Wedgwood, que fazia parte da elite inteletual da época – o próprio pai de Darwin era médico. Diz-se que desde criança, gostava de colecionar insetos e ovos de pássaros, além de gostar de observar animais como cães e ratos.
Na Universidade de Edimburgo, Darwin estudou Medicina. Darwin foi também pupilo de Robert Edmond Grant, um pioneiro no desenvolvimento das teorias sobre a evolução das chamadas características adquiridas – a ideia do naturalista francês Lamarck, que afirmava que os seres sofrem modificações ao longo da vida, para se adaptarrm ao meio ambiente. Mais tarde, Darwin também acabaria por estudar Teologia, na Universidade de Cambridge – mas preferia passar o tempo a colecionar e estudar besouros, na companhia de seu primo William Darwin Fox.
Foi depois de sofrer todas essas influências que Darwin acabou por embarcar no HMS Beagle, na viagem que mudaria a sua vida – e o curso da ciência moderna. Darwin acompanharia Robert FitzRoy, capitão do barco, que partiria numa expedição de dois anos para mapear a costa da América do Sul.
A expedição durou quase cinco anos – desse tempo, Darwin passou cerca de dois terços em terra firme, a estudar fósseis e organismos vivos (muitos deles novos para a ciência).
Grande parte da concepção da teoria de Darwin aconteceu nas ilhas Galápagos, em que o cientista observou como as cotovias diferiam de uma ilha para outra. É possível imaginar que algumas espécies de aves neste arquipélago derivam de um número pequeno de espécies de aves encontradas originalmente e que se modificaram para diferentes finalidades , anotou.
Austrália foi outro lugar que o intrigou: o rato-canguru e o ornitorrinco, por exemplo, eram animais tão diferentes de tudo o que o naturalista conhecia, que ele chegou a escrever: um incrédulo poderia dizer que, seguramente, dois criadores diferentes estiveram em ação.
A teoria de Darwin, publicada em 1859 no livro A Origem das Espécies, explica a evolução através da seleção natural: indivíduos com características favoráveis viveriam mais e conseguiriam deixar mais descendentes, que acabariam por perpetuar as mesmas características favoráveis – e que, com o passar dos anos, modificariam permanentemente sua espécie. Ridicularizada por muitos cientistas nos primeiros anos após sua publicação – a revista Hornet publicou uma caricatura que se tornou célebre, mostrando Darwin como um macaco - , a teoria é hoje amplamente aceite, ensinada em escolas e considerada por muitos a explicação oficial para a origem das espécies de seres vivos. O termo teoria, porém, persiste, uma vez que ainda não foram encontradas provas definitivas e irrefutáveis das ideias de Darwin.
Darwin morreu em 1882, aos 72 anos de idade, ainda ativo e a trabalhar em aspetos mais controversos da sua principal obra. A pedido dos seus colegas cientistas, foi enterrado na abadia de Westminster, próximo a grandes estudiosos, como Isaac Newton, William Herschel e Charles Lyell.
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