
Como se formam os furacões?
O furacão Harvey, que neste momento atinge os EUA, é um dos mais devastadores furacões que passou no continente sul americano nas últimas décadas. Mais de 30 mil pessoas encontram-se sem casa e registam-se até ao momento 30 mortes. Mas afinal como se formam os furacões?
Entre o nascimento e dissipação de um furacão podem passar-se vários dias. Não conseguimos ver um furacão à nossa frente, como às vezes vês nos filmes, mas sentimos a ventania e a chuva intensa. Os furacões formam-se normalmente no Atlântico Norte, Pacífico Nordeste e no Pacífico Sul, podendo afetar as Américas, especialmente a do Norte.
Os furacões estão ligados à vaporização da água das chuvas, em primeiro lugar. Falamos de chuvas intensas e não de pequenos aguaceiros. Depois da vaporização, a condensação do vapor faz com que o mesmo caia novamente em forma de água. Quando esta etapa ocorre nas águas quentes do oceano, normalmente com temperaturas acima dos 27ºC, há a possibilidade de se formam um furacão.
Um furacão visto de um satélite
Como este aquecimento de água acontece normalmente em zonas tropicais, isto é, entre os Trópicos de Caranguejo e Capricórnio, normalmente os furacões são classificados como ciclone tropical. Nessas latitudes, a água transforma-se em vapor e sobe aquecida do oceano para as nuvens, deixando a região atmosférica, próxima à superfície do mar, com uma pressão menor. Isso faz com que o ar frio, que possui uma pressão maior, invada o espaço desocupado pelo vapor que subiu. Com isso, o ar frio também se aquece e sobe em movimentos circulares.
Quando se movimenta pelas zonas litorais, os furacões ficam cada vez mais fortes, podendo os ventos ultrapassar os 200 km/h. A escala Saffir-Simpson classifica os furacões em cinco categorias. A Categoria 1 agrupa os furacões com ventos de 119 km/h a 153 km/h; já a Categoria 5 reúne furacões com ventos acima de 249 km/h. O furacão Harvey foi classificado com o nível 4.
A passagem do furacão Harvey no estado do Texas
Já na alta atmosfera, o ar quente arrefece e transforma-se em nuvem, formando um sistema de nuvens e ar em movimento. O calor do oceano e da água que evapora faz com que os ventos acelerem cada vez mais, formando uma corrente de ar que se desloca em um movimento circular, fazendo com que o furacão pareça um cone.
A evolução do fiuracão Harvey nos EUA, visto dos satélites
O curioso é que, apesar da rapidez em que os ventos circulam, o olho do furacão fica em relativa calmaria, numa média de 30 km/h. O motivo é simples: com ventos em sentido circular, a velocidade fica só nas paredes do tornado, deixando uma passagem livre no centro.
Um facto interessante é que, no Hemisfério Sul, os furacões movimentam-se no sentido horário; mas, no Hemisfério Norte, no sentido anti-horário, isto porque o ar concentra-se em direções diferentes.
Quanto ao furacão Harvey, nas últimas 12 horas os ventos e chuvas acalmaram - o vento tinha a velocidade de 75km/h, mas os especialistas dizem que é difícil prever quando atinge mesmo a fase de dissipação.
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