Testes em animais e o cuidado com os rótulos

Todos nos sentimos incomodados quando este tema é abordado. Não precisamos ser seguidores do modo de vida vegan para sentirmos um arrepio quando sabemos que vamos usar algum creme e que este foi testado em animais sem que estes tivessem a oportunidade de escolher. 

Até há pouco tempo o mercado dos cosméticos dependia deste tipo de testes por serem muito mais baratos para as grandes companhias que gerem este negócio de milhões. Mas a verdade é que a maioria das empresas está a abraçar uma filosofia mais sustentável e amiga do ambiente abandonando estas práticas. Estudos de 2016 indicam que uma grande percentagem, principalmente de mulheres, não se importa de gastar um pouco mais em produtos que não envolvam testes em animais e que perdem efetivamente tempo a verificar os rótulos para terem essa garantia.

Assim, esta crescente preocupação dos próprios consumidores vai levar a que as próprias marcas sejam obrigadas a abolir esta prática cruel.

Mas então porque é que ainda há de facto a realização destes testes em animais? Porque, apesar de a União Europeia ter banido desde 2013 essa possibilidade, a lei ainda tem lacunas que as marcas conseguem contornar. E vejamos o caso extra-UE… a China, por exemplo, é um grande consumidor de cosméticos. Os produtos que lá chegam a partir da UE podem até ser cruelty free mas as leis da China exigem que haja, de facto, a realização de testes em animais! Assim, as marcas sujeitam-se, como é óbvio, às exigências dos seus consumidores. Os próprios rótulos incluem essa informação Produto não testado em animais mas sujeito às leis internas do país.

O que podemos então fazer? Termos o cuidado de verificar os rótulos e acreditar que, uma vez que o nosso paraíso mediterrâneo faz parte da UE, a informação lá contida é verdadeira. E estarmos, claro, atentos às informações que vamos obtendo de agências como a PETA quando estas denunciam alguma marca específica. 

Vamos fazer este esforço pelo bem de todos?