
A liberdade religiosa no século XXI
Os ataques à liberdade religiosa são uma constante, em vários pontos do mundo. Mas até que ponto se conhece esta realidade?
Ainda que a violência e a guerra em nome de Deus apareçam em vários momentos da História, no século XXI esses gestos são criticados por vários líderes religiosos. "A violência é a negação de qualquer religiosidade autêntica", explica o Papa Francisco numa Conferência Internacional sobre a Paz, no Egipto.
Intolerância Religiosa
Uma breve pesquisa nos dicionários e na Internet mostra que a intolerância religiosa representa a "falta de reconhecimento e respeito pelas diferenças religiosas". Ainda que pareça que os tempos tempos tenham evoluído, começa a surgir o fenómeno do hiperxetremismo, uma visão radical da religião, sem precedentes na expressão violenta.
Os dados do relatório da Fundação de Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) mostram o quão preocupante se tem tornado a questão da liberdade religiosa no mundo. Na Eritreia e na Coreia do Norte, por exemplo, se existir alguma espécie de manifestação religiosa, a pessoa em causa é logo encarcerada, sem julgamento, sem direito a defender-se, e com possibilidade de assassinato.
Também a ONU diz que contamos neste momento com cerca de 65 milhões de refugiados em todo o mundo, um aumento de quase 10% em relação a 2014. O Alto Comissário da ONU, António Guterres, pede a todos os governos, cidadãos e seres humanos que colaborem, na medida das suas possibilidades, na ajuda aos refugiados dos países com uma maior fuga de habitantes - Iraque, Síria e Jordânia.
Existe o diálogo inter-religioso?
Apesar dos que praticam a violência em nome de Deus, os responsáveis religiosos reúnem-se para dialogar acerca daquilo que une as religiões. Todos concordam que a expressão livre daquilo em que se acredita, não deve ser motivo para condenar um ser humano.
Para mostrar isto mesmo, que existe respeito entre religiões, o Papa Francisco, ao visitar Jerusalém em 2014, encontrou-se com líderes religiosos e, junto ao Muro das Lamentações, abraçaram-se fraternalmente.
Pouco tempo depois, reuniram-se no Vaticano, onde plantaram uma oliveira, como sinal de paz. Mesmo nas suas viagens pastorais, está habitualmente no programa do Papa um encontro com os líderes das outras religiões, num grande respeito pelas diferenças.
A violência deve gerar violência?
Terminamos este artigo com o testemunho da pequena Myriam. A sua entrevista tornou-se viral nas redes sociais ao dizer que perdoa os militantes do Estado Islâmico que a retiraram de casa, tornando-se "um exemplo" para todos os que viram a sua entrevista. Conhece melhor a sua história: