
O que se passa em Hong Kong?
Desde junho que a cidade de Hong Kong se encontra num reboliço. Novas leis obre a extradição de prisioneiros tem levado milhares de pessoas à rua. Mas qual é a origem disto tudo?
Antes de mais, um pequeno contexto:
No restante território chinês, neste momento, vigora um regime ditatorial, em que os líderes não são eleitos por sufrágio universal, não existe liberdade e/ou igualdade de género, assim como qualquer outro tipo de direitos universais que nós conhecemos.
Os manifestantes criaram um movimento civil - movimento Umbrella (os manifestantes usam guarda-chuva para fugir do gás pimenta da polícia) - para se manifestar contra a lei chinesa que, em 2015, condenou e extraditou 99.9% dos condenados em tribunal. O que começou por uma manifestação estudantil, em 2015, tem evoluído até quilómetros de protestos. (sim, quilómetros!!)
Mas há outras questões em jogo.
Os manifestantes acreditam que o seu líder devia ser eleito de uma forma mais democrática, refletindo a preferência dos eleitores.
Quem é que está a protestar?
Uma grande parte da sociedade, incluindo advogados, jornalistas, ativistas e figuras de negócios. Os ativistas dizem que não vão parar até que os direitos fundamentais estejam estabelecidos na cidade.
Para que isso seja possível, a principal exigência é que a líder de Hong Kong, Carrie Lam, se demita, assim como se amnistie os condenados de Hong Kong. Carrie Lam foi eleita por um circuito eleitoral de 1200 membros, composto maioritariamente por defensores da inclusão chinesa.
Nas ruas, desde o início deste mês que os manifestantes anti-governo se vestem de preto e foram até ao aeroporto de Hong Kong para chamar à atenção internacional. Os ativistas dizem parar com as manifestações quando for garantido um acordo de amnistia para os presos políticos.